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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Tecnologia Digital Aplicada ao Ensino



Nesta época de isolamento social, devido a pandemia de Covid-19, o Ensino a Distância e o Remoto vieram a tona, e ficou evidente a necessidade das tecnologias digitais nestes processos de ensino.

O Dr. Fernando Frei, Professor de Estatística do Departamento de Ciências Biológicas da FCL - Assis – UNESP, Bacharel em Estatística pela UFSCar, Mestre e Doutor em Saúde Pública pela USP e Especialista em Educação e Tecnologias pela UFSCar, colaborou com o Blog.

Em entrevista, o Prof. Fernando Frei aborda algumas questões de Tecnologia Digital Aplicada ao Ensino.

Blog: Professor Fernando Frei, desde quando o senhor tem se interessado por Tecnologia Digital?
Prof. Fernando Frei
(Foto cedido pelo mesmo)
Fernando Frei: A tecnologia digital faz parte de minha formação básica em Estatística. Assim, o uso de programas computacionais é essencial na minha área. Em que pese que muitos docentes ainda usem calculadoras para o ensino de Estatística, desde que cheguei na FCL-Assis, quase 30 anos atrás, eu já usava programas computacionais com os alunos.

Blog: E quanto ao uso de tecnologias digitais para o ensino de modo geral, como o senhor tem aplicado?
Fernando Frei: As aplicações são diversas. Desde simulações que possibilitam a reprodução de eventos ou processo do mundo real, games e até mesmo animações em 2D ou 3D. Especificamente em meus cursos, tenho utilizado simulações que integram imagens para tornar as atividades mais próximas da realidade, o que tem dado bons resultados.

Blog: O senhor pode dar outros exemplos?
Fernando Frei:  Eu publiquei um artigo em 2017, intitulado "A utilização de Formulários Google para Avaliação Continuada: Aplicações no Ensino de Estatística para Cursos Universitários", que trata da minha experiência com Avaliação Continuada. Esse processo de avaliação é muito importante pois permite que tanto o docente quanto o aluno tenham uma visão abrangente de como o processo ensino-aprendizagem está se desenvolvendo. No entanto, avaliar continuamente não é um processo fácil, mas ferramentas de tecnologias digitais podem contribuir nesse contexto. De forma geral, em quase todos os cursos que ministro aulas, tenho utilizado como parte das avaliações o Formulário Google online para auxiliar na avaliação continuada. É claro que essa ferramenta apresenta limitações, mas oferece a capacidade de coletar informações sobre a compreensão dos estudantes de variados temas de forma instantânea, e desta maneira, contribuído com as adaptações necessárias para alcançar os objetivos desejados.

Blog: E qual tem sido a recepção dos alunos com relação a implementação de tecnologias digitais nas disciplinas?
Fernando Frei: Às vezes tenho ouvido que os alunos não são mais os mesmos. E não são mesmo! E nem poderiam ser! Vivemos a era da cultura visual, que influencia muito a percepção de nós mesmos e do ambiente. Os estudantes do século XXI são bombardeados com imagens projetadas para entreter, anunciar e informar. Eles nasceram em um mundo com três telas (cinema, televisão e computador); o advento dos displays LCD baratos também introduziu um quarto tipo de tela, com smartphones, tablets e dispositivos portáteis. Por isso, os alunos entendem que as tecnologias digitais podem contribuir para o aprendizado. No início existe uma certa ansiedade por parte dos alunos, pois fica evidente que aquela aula clássica não vai “rolar”. É mais trabalhoso para todos, pois as tecnologias digitais estão associadas às metodologias ativas as quais tem como princípio o aluno como centro do processo de ensino, sua autonomia, a reflexão, a problematização da realidade. Essa mudança na posição do aluno traz maior responsabilidade e, portanto, certa ansiedade. Mas os alunos gostam das tecnologias digitais envolvidas e percebem o potencial positivo no processo de ensino-aprendizagem. Os resultados tem sido promissores, houve uma melhora do desempenho dos alunos bastante significativa.

Blog: Professor, o senhor poderia falar um pouco sobre o Ensino a Distância – EAD?
Fernando Frei: Essa modalidade pode ser interessante, e útil em determinadas ocasiões, mas a modalidade presencial é fundamental. Muitos confundem EAD com Ensino Remoto. O EAD deve estar fundamentado na linha pedagógica adotada. A Tecnologia Digital está para servir a linha pedagógica. Assim, se a ênfase está no construtivismo social, a colaboração entre alunos deve fazer parte da construção das ferramentas tecnológicas digitais adotas pelo EAD, ou seja, a partir dessa premissa, poderíamos desenvolver, por exemplo, um chat para que os alunos pudessem realizar interações, ou ainda, outra ferramenta digital para a construção de comunidades de aprendizagem que possam envolver cooperação entre alunos. De forma diferente, o Ensino Remoto pode ser entendido como uma mudança temporária da entrega de instruções para um modo de entrega alternativo devido a uma situação problema, como a que estamos vivendo agora devido a pandemia do corovavírus. Diferente do EAD, o Ensino Remoto envolve o uso de soluções de ensino totalmente remotas, geralmente online, que de outra forma, seriam ministradas presencialmente ou como cursos combinados e que retornarão a esse formato assim que possível. É importante notar que: o Ensino Remoto não é planejado desde o início do curso pretendido, mas pode ser uma solução paliativa em casos extremos. Recentemente, li um artigo que chamava atenção de “que a educação presencial não é bem-sucedida somente pelas aulas presenciais. Mas é bem sucedida, porque existe um ecossistema geral, projetado especificamente para apoiar os alunos com recursos formais, informais e sociais”. Para que o Ensino a Distância possa cumprir seu papel, um ecossistema semelhante deve ser planejado e desenvolvido, e isso leva tempo e conhecimento.

Blog: Professor Fernando Frei, obrigado pela sua participação!
Fernando Frei: Foi um prazer poder participar!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Um novo livre docente do Departamento de Ciências Biológicas

Prof. Sérgio Stampar (ao centro) junto com sua esposa Bárbara e sua filha Sophie. A banca examinadora (da esquerda para a direita): Prof.Dr. Rogério Caetano da Costa, Prof.Dr. Rodrigo Hirata Willemart, Prof.Dr. João Miguel de Matos Nogueira, Profa.Dra. Vera Nisaka Solferini e Prof.Dr. Pitágoras da Conceição Bispo.

O Departamento de Ciências Biológicas agora conta com mais da metade de docentes com o título de livre-docência. Nos dias 21 e 22 de janeiro, o professor Sérgio Nascimento Stampar foi aprovado em seu concurso de livre-docência nas disciplinas de Zoologia de Invertebrados e Oceanografia e Biologia Marinha. O Prof. Dr. Sérgio é docente da UNESP/Assis desde 2013 (lattes - http://lattes.cnpq.br/4152199471458387).

Segundo as normas da UNESP, “a obtenção do título de livre-docente pela Unesp pressupõe maturidade acadêmica conquistada após a obtenção do título de Doutor, especialmente mediante atividades de ensino na graduação e pós-graduação stricto sensu, recomendado pela Capes, de pesquisa e de extensão”. 

O concurso consiste em várias etapas. A primeira é a organização da documentação necessária e a elaboração de dois textos. Um destes textos deverá fazer a compilação de toda a carreira do docente até aquele momento (memorial), incluindo todas as suas conquistas acadêmicas. O outro texto é uma compilação de pesquisas realizadas pelo docente mostrando a sua maturidade e relevância em seu campo de atuação. Desta forma, a preparação para o concurso é iniciada muitos meses antes de sua realização.  Com o início do concurso, a primeira etapa é a prova escrita. Essa avaliação é dada por uma dissertação livre sobre um tópico sorteado. Subsequentemente, essa prova é lida em sessão pública.  No dia seguinte ocorre uma prova didática, uma aula sobre um tema previamente sorteado. Em seguida, ocorre uma análise de currículo e entrevista sobre o memorial do candidato. Para aprovação, o candidato deverá obter nota final igual ou maior que 7.0, a qual é atribuída por uma banca de cinco professores, todos com título de livre-docente. Na página da UNESP você encontra todas as informações de quem pode se inscrever para este tipo de concurso.

Nós, do Blog do Departamento de Ciências Biológicas, parabenizamos o Prof.Dr. Sérgio Stampar por mais esta conquista. 

terça-feira, 14 de abril de 2020

Nossa imunologista, professora Karina, dá mais informações sobre o Covid19


Desde 31 de dezembro de 2019, quando a China notificou o mundo sobre a infecção de um homem com Covid19 (SARS-COV2), evoluímos para um quadro de pandemia que tem preocupado a todos. Mais do que nunca, se faz necessária a obtenção de informações científicas em torno do assunto. A professora Karina, livre docente na área de Imunologia, concedeu entrevista ao Jornal "Nosso Campus", da Faculdade de Ciências e Letras de Assis (Unesp), onde dá maiores detalhes sobre o Covid19 e indica fontes científicas para que as pessoas possam se atualizar de maneira segura. Boa leitura e se cuidem!! 

terça-feira, 7 de abril de 2020

Fertility 2020



Em Edimburgo - RU, entre os dias 09 e 11 de janeiro, ocorreu o evento Fertility 2020. Evento este que reuniu a 13ª Conferência Conjunta das Sociedades de Fertilidade do Reino Unido, entre elas a Associação de Embriologistas Clínicos, Sociedade Britânica de Fertilidade e Sociedade para Reprodução e Fertilidade, e que se tornou o maior fórum educacional do Reino Unido com foco em fertilidade e medicina reprodutiva, com o tema "Reprodução em um mundo em mudança".

Os docentes Prof. Dr. Marcelo Fábio Gouveia Nogueira e Dr. José Celso Rocha, do Departamento de Ciências Biológicas da FCLA-Unesp, participaram do Fertility 2020, com apresentação de dois trabalhos, palestras assistidas e reunião técnica-científica.

Dr. Marcos Meseguer Escrivá durante a palestra
"Artificial Intelligence in Embryology" no Fertiliy 2020
Foto cedida por José Celso Rocha
O palestrante Dr. Marcos Meseguer Escrivá comentou, em sua palestra no Fertiliy 2020, sobre a colaboração internacional na pesquisa sobre o uso da inteligência artificial na avaliação de embriões humanos, desenvolvida pelos Laboratórios de Matemática Aplicada e Laboratório de Micromanipulação Embrionária da FCLA-Unesp e a IVI-RMA, Valência - ES.















Reunião técnica-científica entre os Dr. Marcos Meseguer Escrivá,
Prof. Dr. Marcelo Fábio Gouveia Nogueira, Dra.Cristina Hickman
 e Dr. José Celso Rocha (da esquerda para a direita)
Foto cedida por Marcelo Fábio Gouveia Nogueira
Na reunião técnico-científica entre os docentes José Celso e Marcelo e os doutores Marcos Meseguer (IVI-RMA) e Cristina Hickman (Imperial College London, Londres-RU) foram definidas metas de pesquisa colaborativa para 2020.