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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

A pauta é Geologia by Solange Bongiovanni

Entrevistamos a professora Dra° Solange Bongiovanni, à respeito da excursão da XXIX Turma do Curso de Ciências Biológicas, ao Museu de Paleontologia da cidade de Marilía SP, realizada no final do mês de junho de 2019. Também conversamos com a professora sobre seu último ano em exercício como docente na Universidade.

Dra° Solange Bongiovanni
 Após concurso público, a Dra. Solange Bongiovanni, iniciou suas atividades como docente junto ao Departamento de Ciências Biológicas no dia 7 de Julho de 1992, para ministrar a disciplina de Geologia e Paleontologia para o 3° ano da 1ª turma  Licenciatura em Ciências Biológicas, que contava com 12 alunos. Inicialmente era uma disciplina de 60h, hoje após diversas mudanças curriculares e com a introdução do Bacharelado em 1998, foi dividida em duas disciplinas Geologia (60 horas) e Paleontologia (60 horas). No início as suas aulas eram ministradas no prédio da Psicologia e no prédio da Letras. Em meados de 1994, com a construção do prédio do Departamento de Ciências Biológicas, o antigo vestiário dos funcionários, um dos prédios mais antigos no campus, virou efetivamente o Laboratório de Geologia e Paleontologia, hoje denominado Laboratório de Geologia Ambiental, o qual permanece no mesmo local até os dias atuais. Segundo a mesma, sua experiência como docente foi a melhor possível, caracterizada como uma vivência, relatou que uma das boas experiências na carreira foi a possibilidade de realizar excursões com suas turmas, onde eles tiveram um apanhado prático do que era visto em aula teórica/expositiva, isso também ajudou em sua formação quanto profissional. Cabe a ela ainda o cargo de única profissional da área de Geologia no campus, o que dificultou muitas vezes, trabalhos em conjunto com outros docentes do Campus. Mesmo assim, fez diversos projetos relacionados à área de geologia no Município de Assis e região, contribuindo para o conhecimento geológico regional. Cita ainda um fato bem interessante: os alunos do curso de História na década de 90 iam assistir suas aulas na Biologia pois não tinham a disciplina de Geologia e Paleontologia no currículo. Tais alunos gostariam de trabalhar com Arqueologia. De acordo com a professora, seu "grande aprendizado foi  ter uma visão generalista da geologia”, ou seja, via o que a biologia precisava e como adaptar os  conteúdos da geologia para eles, dando uma base sobre os assuntos para que  os discentes tivessem uma maior autonomia.

A importância das excursões
    “As excursões são importantes pois levam os alunos por exemplo ao Museu de paleontologia de Taubaté, agora no de Marília com o apoio do Centro Acadêmico (Chapa Raízes do Cerrado) e pelo departamento, a vivência, a experiência é marcante para os alunos, pois é uma criação de memórias, aumenta o valor para o exterior da graduação, onde você observa o prático da aula vista em sala", diz a professora.  
Algumas das excursões já feitas no seu período de casa foram:
-- Museu de Paleontologia de Monte Alto
– Museu de Zoologia da USP;
– Pico do Jaraguá;
– Museu de Mineralogia UNESP/Rio Claro
-  Museu de Paleontologia UNESP/Rio Claro
-  PETAR - Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira.

A importância dos museus
    
“Museus são muito interessantes e existe uma falta desse interesse do poder público com a cultura e educação; a Universidade deve ser um grupo irradiador e apoiador desses tipos de projetos, um museu não deve ser visto como um lugar onde você apenas vai e olha, hoje em dia eles são mais interativos, vale a experiência. Em Londres, no final da década de 1990, no Museu de História Natural, tinha uma sala interativa no museu que simulava um terremoto  que tinha acontecido no Japão, numa mercearia, foi emocionante. No caso de  museus  nas Universidades, eles auxiliam na aproximação com a comunidade externa, cabe a nós replicarmos isso."
Dra° Solange Bongiovanni e Dr° Willian Nava, Museu de Marília.

                 
              Foto do Arquivo Pessoal da Professora Solange, Turma XXIX