
O Congresso Huntington de Reprodução Humana tem o intuito de compartilhar os resultados de pesquisa na investigação, diagnóstico e tratamento de infertilidade feminina e masculina reunindo pesquisadores para discussão das possibilidades da área e a troca de experiências.
Nesse ano foram abordados novas técnicas em reprodução humana, práticas de laboratório e genética. O congresso teve participação de especialistas nacionais e internacionais, inclusive o laboratório de matemática aplicada da FCLA! Participaram do congresso as alunas Doris Spinosa e Eloisa Dal Molin, e os professores orientadores Marcelo Nogueira e José Celso.

O laboratório de matemática aplicada inicialmente tinha a ideia era classificar as imagens de
blastocistos humanos de acordo com uma classificação já existem em clinicas por
meio de inteligência artificial para ajudar na escolha do embrião de melhor qualidade em clínicas de reprodução.
Então inicialmente era mais usada a parte morfológica, as características morfológicas do blastocisto e depois perceberam que
outras coisas também eram importantes como a morfocinética do desenvolvimento embrionário
e depois incluíram as variáveis da paciente.
Aí o foco mudou da classificação do
embrião pra usar todas as variáveis que influenciam na possível gravidez, para saber
se o embrião resultaria em nascimento vivo ou não.
E para contar um pouco melhor como foi esse congresso o BLOG convidou a Doris para falar um pouquinho de como foi para ela.
“A maior dificuldade é que o evento foi todo em inglês, mas
foi bem legal porque tinham vários especialistas da Europa e inclusive da Índia.
Foram relatados vários estudos de caso pelos pesquisadores e os médicos contavam sobre os pacientes
que procuram pelo serviço deles.
E um pesquisador da Espanha em particular levantou uma nova
variável relacionada a microbiota e o nível dessa microbiota do intestino e do
trato reprodutor, o que foi surpreendente.
Outra coisa que a gente já sabia mas não era muito focada
eram as variáveis do parceiro, e três ou quatro pesquisadores levantaram essa
questão como decisiva para a reprodução.
Uma coisa interessante é que parte do congresso foi destinada ao time lapse (uma incubadora que permite adicionalmente usufruir do sistema time-lapse, em que a conjugação da incubadora, de um microscópio e de uma máquina fotográfica incorporada permite a obtenção de múltiplas imagens de todos os embriões presentes na incubadora, sem necessidade de retirar as placas de cultura. A partir destas imagens, o sistema cria um vídeo contínuo do desenvolvimento dos embriões, desde a fecundação até à transferência para o útero), que é a mesma que usamos no laboratório, e tivemos uma tarde só para falar sobre ela, que é
um equipamento novo no Brasil apesar de na Europa já ser muito comum. É preciso ser feita uma adaptação
bem grande com toda a equipe para aprender a usar o equipamento então foi muito bom ter uma tarde para falar sobre isso.“
Se quiser dar uma olhadinha no site oficial do congresso
clique aqui.