A
espécie de água-viva Cassiopea andromeda,
foi encontrada pela primeira vez na costa brasileira e o Dr. Sérgio Stampar,
docente do Departamento de Ciências Biológicas e responsável pelo LEDA -
Laboratório de Evolução e Diversidade Aquática da Unesp de Assis e um
dos autores do artigo que constata o fato, publicado no Journal of the Marine Biological Assossiation of the United Kingdom, concedeu
informações a edição nº 322 de Junho de 2016 do Jornal da Unesp.
Segundo
o pesquisador, o litoral brasileiro não apresenta as características
necessárias para a reprodução desta espécie. A Cassiopea andromeda possui os estágios de pólipo e medusa (adulta),
nesta fase a espécie tem reprodução sexuada, mas pode também se reproduzir assexuadamente
na fase de pólipo, quando em condições ambientais favoráveis.
O
principal autor do artigo é André Carrara Morandini do Instituto de Biociências
da USP. O Dr. Sérgio Stampar e o LEDA contribuíram com as análises genéticas
dos indivíduos coletados, o que permitiu datar a chegada da espécie ao litoral
brasileiro e identificar sua origem.
O
Dr. Sérgio Stampar esclarece ainda para o Jornal da Unesp que a adaptação desta
espécie ao ambiente brasileiro pode trazer riscos aos outros seres vivos do
mesmo habitat, pois é uma espécie que produz toxinas que podem ser letais, além
do fato de que se alimentam de larvas de crustáceos, como o camarão, podendo
causar prejuízos na produção nestes locais.