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Mary Lyon em 2010 |
Em
1949, o pesquisador inglês Murray Barr descobriu que há uma diferença entre os
núcleos interfásicos das células masculinas e femininas: na periferia dos
núcleos das células femininas dos mamíferos existe uma massa de cromatina que
não existe nas células masculinas. Essa cromatina possibilita identificar o
sexo celular dos indivíduos pelo simples exame dos núcleos interfásicos: a ela
dá-se o nome de cromatina sexual ou corpúsculo de Barr.
A partir da década de 1960, evidências
permitiram que Mary Lyon levantasse a hipótese de que cada corpúsculo de Barr
forre um cromossomo X que, na célula interfásica, se espirala e se torna
inativo, dessa forma esse corpúsculo cora-se mais intensamente que todos os
demais cromossomos, que se encontram ativos e na forma desespiralada de fios de
cromatina.
Segundo a hipótese de Lyon, a inativação atinge ao acaso qualquer
um dos dois cromossomos X da mulher, seja o proveniente do espermatozóide ou do
óvulo dos progenitores. Alguns autores acreditam que a inativação de um
cromossomo X da mulher seria uma forma de igualar a quantidade de genes nos
dois sexos. A esse mecanismo chamam de compensação de dose. Como a inativação ocorre
ao acaso e em uma fase do desenvolvimento na qual o número de células é
relativamente pequeno, é de se esperar que metade das células de uma mulher
tenha ativo o X de origem paterna, enquanto que a outra metade tenha o X de
origem materna em funcionamento. Por isso, diz-se que as mulheres são
“mosaicos”, pois – quanto aos cromossomos sexuais apresentam dois tipos de
células.
Mary Lyon é membro da Sociedade Real de Londres, também é associada a Academia Americana de Ciências. Em 1994 ganhou
o Premio Mauro Baschirotto de
Genética Humana. Em 1997 recebeu o Premio
Wolf de Medicina e o Premio
Amory de Genética por suas descobertas relacionadas aos cromossomos
sexuais dos mamíferos.
Também comemora seu aniversário o docente do
nosso Departamento, com a equipe do Blog desejando um feliz aniversário:
Ramon Juliano Rodrigues - 11/05