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domingo, 1 de maio de 2016

Aniversários de Maio: Mary Lyon


Mary Lyon em 2010
Mary Francis Lyon foi uma geneticista britânica graduada pela Universidade de Cambridge no ano de 1946, tornando-se doutora em 1948. Estudou os riscos causados pelas mutações por radiação. foi a primeira a explicitar em detalhes uma teoria, hoje já amplamente comprovada pelos fatos, fornecendo uma base física para o fenômeno.

Em 1949, o pesquisador inglês Murray Barr descobriu que há uma diferença entre os núcleos interfásicos das células masculinas e femininas: na periferia dos núcleos das células femininas dos mamíferos existe uma massa de cromatina que não existe nas células masculinas. Essa cromatina possibilita identificar o sexo celular dos indivíduos pelo simples exame dos núcleos interfásicos: a ela dá-se o nome de cromatina sexual ou corpúsculo de Barr.

A partir da década de 1960, evidências permitiram que Mary Lyon levantasse a hipótese de que cada corpúsculo de Barr forre um cromossomo X que, na célula interfásica, se espirala e se torna inativo, dessa forma esse corpúsculo cora-se mais intensamente que todos os demais cromossomos, que se encontram ativos e na forma desespiralada de fios de cromatina.
Segundo a hipótese de Lyon, a inativação atinge ao acaso qualquer um dos dois cromossomos X da mulher, seja o proveniente do espermatozóide ou do óvulo dos progenitores. Alguns autores acreditam que a inativação de um cromossomo X da mulher seria uma forma de igualar a quantidade de genes nos dois sexos. A esse mecanismo chamam de compensação de dose. Como a inativação ocorre ao acaso e em uma fase do desenvolvimento na qual o número de células é relativamente pequeno, é de se esperar que metade das células de uma mulher tenha ativo o X de origem paterna, enquanto que a outra metade tenha o X de origem materna em funcionamento. Por isso, diz-se que as mulheres são “mosaicos”, pois – quanto aos cromossomos sexuais apresentam dois tipos de células.
Mary Lyon é membro da Sociedade Real de Londres, também é associada a Academia Americana de Ciências. Em 1994 ganhou o Premio Mauro Baschirotto de Genética Humana. Em 1997 recebeu o Premio Wolf de Medicina e o Premio Amory de Genética por suas descobertas relacionadas aos cromossomos sexuais dos mamíferos.

Também comemora seu aniversário o docente do nosso Departamento, com a equipe do Blog desejando um feliz aniversário:


Ramon Juliano Rodrigues - 11/05