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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Profissão Engenheiro Biotecnológico (Parte 1/2)

 “O que é Engenharia Biotecnológica?” essa é uma das primeiras indagações que nós, graduandos do curso, nos deparamos. Amigos, familiares e, de vez em quando, um desconhecido que de alguma forma sabe dessa escolha acadêmica, levantam tal questão. Não importa o motivo do questionamento – que muitas vezes é fruto de mera curiosidade ou da busca de compreender um nome que parece tão difícil de guardar – ele persiste e estimula nossa capacidade de reflexão, afinal, a resposta é complexa até para quem é da área. Professores acadêmicos também fazem perguntam aos alunos, promovendo reflexão que nos faz enxergar o quão amplo, na verdade, o curso é (e quão aprimorada a resposta pode se tornar). Mas afinal... o que é Engenharia Biotecnológica?

O que é?
O profissional de Engenharia Biotecnológica visa desenvolver tecnologias que possam atender ao setor industrial e à pesquisa. Em ambos os setores, o engenheiro se encarregará de desenvolver e/ou aprimorar equipamentos biotecnológicos e tecnologias que podem envolver biomoléculas, biomateriais, bioinformática e bioprocessos, incumbindo também montagem de plantas industriais, exercício de controle de qualidade, estudos relacionados às células tronco, transgenia, biologia molecular, microbiologia, fisiologia, bioquímica, matemática aplicada, biofármacos, entre outros. Além disso, o profissional deverá apresentar aptidão a coordenar e supervisionar equipes de trabalho, realizar estudos de viabilidade técnico-econômica, executar e fiscalizar obras e serviços técnicos e efetuar vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres técnicos. Em suas atividades, sejam industriais ou voltadas à pesquisa, considerará aspectos referentes à bioética, biossegurança e aos impactos ambientais. A formação e qualificação desse profissional devem ser compostas pela produtividade, criatividade e eficiência, atuando nas áreas de ciência e inovação tecnológica, sem perder de vista o desenvolvimento integrado do meio ambiente e a defesa da qualidade de vida. Observa-se, então, que o profissional formado em Engenharia Biotecnológica possui uma ampla área de atuação, uma vez que seu campo de estudo é diversificado, sujeito a diversas aplicações e em contínua transformação.

O curso
Uma vez que o curso é considerado novo, existem várias áreas ainda não exploradas. Diversas frentes de atuação estão se estabelecendo, e a Engenharia Biotecnológica é considerada uma área de interesse estratégico para os países em desenvolvimento como o Brasil, ainda mais com a atual aprovação da Lei da Biodiversidade, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado. Outra lei que assegura o desenvolvimento de determinadas áreas deste curso, em especial as que envolvem células-tronco e a transgenia, é a Lei de Biossegurança.
O curso oferece formação em bacharelado e o currículo muda de acordo com o enfoque dado pela instituição, podendo ser Biotecnologia, Engenharia Biotecnológica, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Ciências Físicas e Biomoleculares e Ciência e Tecnologia (Engenharia de Bioprocessos). De qualquer maneira, todos têm uma linha comum em ciências biológicas com enfoque em matemática, física, química, estatística, informática, bioquímica, microbiologia e farmacologia.
A duração média dos cursos é de quatro a cinco anos. Ao final do curso, o estágio é obrigatório e o aluno também terá que apresentar um trabalho de conclusão de curso.
           
Amanhã (21), será divulgada a segunda parte da matéria, contendo sobre o registro da profissão do Engenheiro Biotecnológico, suas atribuições e mercado de trabalho. Não percam!

Principais fontes:
Materiais consultados com a atual Coordenação do curso de Engenharia Biotecnológica da UNESP – FCLA.

Responsável pelo Texto:
Priscila Marques da Paz
(Graduando Engenharia Biotecnológica da FCL, Assis - UNESP)