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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Como anda o intercâmbio dos alunos de graduação do Departamento de Ciências Biológicas? - Parte I

No primeiro semestre de 2014, alunos dos cursos de Ciências Biológicas e de Engenharia Biotecnológica que estiveram ou estão em intercâmbio participaram de um questionário proposto pela equipe do blog, no qual contam sobre o processo de adaptação, situação financeira e expectativas de retorno ao Brasil. Confira tudo isso a seguir.
Fotografias enviadas pelos entrevistados. Confira mais aqui.

Processo de adaptação
A maior parte dos alunos afirma não ter tido tantas dificuldades de adaptação, pois muitos deles receberam apoio da escola de inglês (no caso dos estudantes que a fizeram antes de cursar a graduação), de escritórios responsáveis pela recepção de estudantes internacionais da universidade e até mesmo de professores e coordenadores. Além disso, comentam que a população local é receptiva e, na maioria das vezes, disposta a ajudar. Um dos alunos comenta que comunidades como a de Toronto são multiculturais, na qual os estudantes entram em contato com as pessoas do mundo todo, tanto nas aulas quanto nas ruas. Outro intercambista diz que se identificar com as pessoas, a ponto de elas fazerem você se “sentir em casa”, pode ajudar muito em sua adaptação, principalmente quando há saudade de amigos e familiares.
A adaptação pode se tornar fácil quando o país escolhido for bem semelhante ao Brasil em termos culturais e climáticos.  Alguns dos entrevistados apontam ser mais difícil a adaptação quando o sistema de ensino da faculdade é diferente do Brasil. Outra dificuldade mencionada foi quanto ao domínio de conhecimento prático dos alunos do exterior, considerado, por um dos entrevistados, superior ao que é tido no Brasil.
Alguns intercambistas apontam que a adaptação quanto ao clima, comida e ritmos foi a parte mais difícil, sendo este último exemplificado com as refeições holandesas, nas quais o jantar é a principal refeição do dia e o almoço é baseado na ingestão de apenas um sanduíche.  Ainda, comenta-se que em determinados lugares, a cultura pode ser bem diferente, desde a forma de se comportar durante um jantar ou até mesmo o horário em que os pubs e baladas ficam abertos, encerrando o expediente muito mais cedo que no Brasil, como é o caso da Irlanda.

Situação financeira
A maioria dos estudantes não tiveram problemas financeiros, com muitos deles afirmando que a bolsa é suficiente para se sustentar. O único problema levantado foi das bolsas serem depositadas trimestralmente e não mensalmente, podendo atrapalhar na administração dos gastos pelo aluno e faltar dinheiro no final do terceiro mês.
Com relação a moradia e transporte tem que se levar em consideração que é mais caro quando se mora em localidades centrais, enquanto em lugares mais afastados do centro a moradia é mais barata, porém o custo com transporte aumenta.

Expectativas de retorno ao Brasil
Sem dúvidas, todos os alunos afirmam que ao retornar ao Brasil, terão se desenvolvido de forma intelectual, individual e profissional. Pretendem, inclusive, compartilhar toda a experiência adquirida, pois o aprendizado obtido pelas disciplinas cursadas e por toda a estadia foi muito importante.
É comentado por um dos entrevistados sobre nova visão adquirida em relação às matérias restantes do curso em que está matriculado no Brasil, acompanhada de um jeito novo de pensar sobre elas. Em termos sócio-culturais, ao conviver melhor com as diferenças, a aceitabilidade do próximo se torna mais fácil, enquanto em termos profissionais, o inglês fluente e o intercâmbio são importantes para o mercado de trabalho no Brasil ou no exterior, muitas vezes sendo fundamentais para a contratação de um funcionário.

Não deixe de conferir, ainda hoje, na próxima postagem: os intercambistas avaliam, de forma geral, o intercâmbio e oferecem dicas para quem pretende viajar também!