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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Por onde andam os egressos de Biotecnologia e Engenharia Biotecnológica?

            Neste último mês, a equipe do Blog do Departamento de Ciências Biológicas buscou informações quanto à atuação profissional/acadêmica dos alunos egressos do departamento através de um questionário respondido por eles. O texto a seguir é totalmente dedicado aos alunos de Biotecnologia e Engenharia Biotecnológica.
            A graduação é uma etapa essencial para o aprendizado e enriquecimento profissional, além de possibilitar a aquisição de diversas experiências. Dessa maneira, muitos alunos atuam profissionalmente sob a perspectiva da graduação ser suficiente para sua formação, enquanto outros buscam complementar seus conhecimentos através de especializações, mestrados e doutorados. Dentre os entrevistados (81% engenheiros biotecnológicos e 19% biotecnólogos), observa-se que, a partir do gráfico “Formação de alunos egressos”, cerca de 70% dos egressos optou por uma formação complementar após a graduação, sendo a maior parte referente ao mestrado. Dos 35% referentes ao mestrado, 53% está em andamento para a obtenção do título. Quanto ao doutorado, apenas 17% já tem o título, e 78% dos formados finalizaram alguma especialização complementar.

Formação de alunos egressos
Ainda sobre a área acadêmica, alguns dos egressos acreditam que os alunos que optaram pelo mestrado e/ou doutorado estão extremamente preparados pelo curso, o que amplia as possibilidades na área de pesquisa tanto brasileira quanto estrangeira.
A maior parte dos alunos egressos, tenham ou não realizado cursos complementares após a graduação, estão empregados em empresas públicas e privadas, com 44% deles exercendo cargos relacionados à área de atuação da biotecnologia. Em destaque analista de qualidade e produtividade, técnico de laboratório, pesquisa e desenvolvimento de empresas, gerente de produtos e perito criminal do estado.
           Os alunos também avaliam o cenário atual quanto ao mercado de trabalho na sua área de formação, considerando as ofertas de emprego, valores salariais, condições trabalhistas e planos de carreira. De acordo com o gráfico “Avaliação do mercado de trabalho na área de Biotecnologia”, 36% dos entrevistados classificam como regulares as ofertas de emprego; 49% também consideram como regulares os valores salariais, em contraste com 36% considerando como bons. Quanto às condições trabalhistas, 39% avaliaram como boas e 38% como regulares. Por fim, 46% classificam o plano de carreira como regular.

Avaliação do mercado de trabalho na área de Biotecnologia 

           Os egressos ainda comentam sobre as dificuldades de se inserir no mercado de trabalho, apontando que os empregos na área de biotecnologia no mercado privado brasileiro ainda são muito restritos, mesmo havendo ofertas de carreiras promissoras. Além disso, falam sobre a dificuldade de se obter um edital de concurso específico para graduados em Biotecnologia, visto que grande parte das empresas ainda não conhece o curso ou simplesmente não empregam profissionais de Biotecnologia, justamente por não saber da capacidade desses profissionais. Por esta e outras razões muitos se encontram atuantes em áreas como setor financeiro, marketing, administração, vendas, entre outros.
           A reestruturação do curso de Bacharelado em Biotecnologia para Engenharia Biotecnológica foi colocada pela maioria como um aspecto positivo, principalmente no que diz respeito à abertura de novas perspectivas no mercado de trabalho, como bancos de investimento ou consultoria estratégica. Dentre as dicas dadas pelos egressos, destaca-se uma postura pró-ativa do formando, uma melhor divulgação do curso junto às empresas, e um maior contato dos graduandos com os egressos já inseridos no mercado de trabalho.

            Na próxima postagem, o texto será dedicado aos egressos do Curso de Ciências Biológicas.